quinta-feira, 7 de março de 2013

Conhecimento é movimento!


Estou na Unicamp, iniciando meu pós-doutorado, estudar é necessário, pois o conhecimento é o motor do movimento.

E como dizia Rosa Luxemburgo, "quem não se movimenta não sente as correntes que o prendem.
Lembrando que amanhã "comemora-se" o Dia Internacional da mulher cabe convidar minhas companheiras mulheres a incorporarem esse movimento. Pois, somente quando nos movimentarmos conseguirmos sentir a força que essas correntes têm sobre nós e o quanto elas limitam nosso pensamento, nosso crescimento, nossos horizontes, nosso mundo interno e externo, nossa felicidade.
Desse movimento é que surgirá a indignação, a impossibilidade de ficar inerte, o desejo de mudança. No entanto, continuamos submetidos a um sistema opressor que opera em favor do capital, e que nos leva a acreditar que atingimos a tão sonhada "liberdade".
Para romper com a força dessas amarras precisamos ainda compreender que a mudança individual é a base da transformação social, mas que somente através de um movimento coletivo, somando nossas forças, dialogando com quem também luta pelo rompimento das correntes do sistema e seremos capazes de provocar movimentos fortes o suficiente, para romper com os dogmas e valores morais antigos e com as ideologias mercantis e banais da sociedade atual que ainda nos impedem de atingir a felicidade. Claro, essa tarefa não é fácil, entretanto não podemos continuar nos prendendo às dificuldades para justificar a nossa ausência de atitudes.
Finalizo este pensamento com Kollontai que nos convida à autodisciplina, em vez do sentimentalismo exagerado; à apreciação da liberdade e da independência, em vez da submissão e da falta de personalidade; a afirmação do direito de gozar dos prazeres e não a máscara hipócrita da "pureza". A sermos não mais uma sombra do homem, mas sim uma mulher com direito e necessidade de ter e manter sua mulher-individualidade. Porém, transformações de gênero exigem inevitavelmente a transformação das relações econômico-sociais. 


Está na hora de nos libertarmos das amarras morais da sociedade antiga mas também das sedutoras correntes que mascaradamente continuam a nos prender em suas ideologias mercantis e banais. Já afirmava Kollontai: Todo o complicado código da moral sexual como o matrimônio sem amor e a instituição da prostituição, tão organizada e difundida, conduzem ainda que inversamente a humanidade ao caminho da degeneração e da falsa libertação. E deixo-lhes uma convocatória provocativa, com o desejo de lhes trazer inquietação para pensar: E nós, que esforço estamos fazendo para sentir as amarras que nos prendem? Qual o papel do Movimento que luta pela igualdade da mulher na sociedade atual? Já rompemos com o código moral antigo? E o código moral atual realmente nos liberta? Lembrem-se a luta não se resume a um dia apenas, ela deve ser cotidiana!



E para continuar esse pensamento vale a pena ouvir de novo os video-aúdios abaixo:



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