terça-feira, 1 de maio de 2012

Trabalho e Sexualidade

Neste dia em que se comemora o dia do trabalho, vale a pensa rememorar essas reflexões! Clique no áudio post abaixo e confira!

Cabe ainda a partir da música abaixo pensarmos sobre  a "mais-valia", sobre a mão de obra mal remunerada, sobre a exploração do homem pelo homem, sobre a alienação social, sobre nossas condições de trabalho, sobre a desumanização do homem em detrimento ao acúmulo do capital.  A mais-valia" é o termo usado por Marx para designar a disparidade entre o salário pago e o valor do trabalho produzido. O valor do que se produz e do que recebe. O sistema capitalista representa a própria exploração do trabalhador por parte do dono dos meios de produção, na disputa desigual entre capital e proletário sempre o primeiro sai vencedor. Desse modo, o salário pago representa um pequeno percentual do resultado final do trabalho (mercadoria ou produto), então a disparidade configura concretamente a chamada mais-valia, dando origem a uma lucratividade maior para o capitalista.

Chauí fala sobre as três formas de alienação: social, econômica e intelectual. Sobre a econômica tem um trecho que ela deixa claro o seu significado:

"O trabalhador olha os preços e sabe que não poderá adquirir quase nada do que está exposto no comércio, mas não lhe passa pela cabeça que foi ele, não enquanto indivíduo e sim como classe social, quem produziu tudo aquilo com seu trabalho e que não pode ter os produtos porque o preço deles é muito mais alto do que o preço dele, trabalhador, isto é, o seu salário. Apesar disso, o trabalhador pode, cheio de orgulho, mostrar aos outros as coisas que ele fabrica, ou, se comerciário, que ele vende, aceitando não possuí-las, como se isso fosse muito justo e natural. As mercadorias deixam de ser percebidas como produtos do trabalho e passam a ser vistas como bens em si e por si mesmas (como a propaganda as mostra e oferece). Na primeira forma de alienação econômica, o trabalhador está separado de seu trabalho - este é alguma coisa que tem um preço; é um outro (alienus), que não o trabalhador."

Nos dias de hoje, legalmente todos têm o direito de acesso à escola, no entanto, isso está muito longe de garantir uma permanência qualitativa, um processo de ensino-aprendizagem que efetivamente cumpra com sua função educativa e que ofereça aos educandos as ferramentas necessárias para a formação da consciência crítica e consequentemente a ações capazes de promover a transformação da sociedade e a superação das desigualdades sociais.

É importante  pensarmos que a sociedade atual não é a mesma que Marx vivia. Para mim ele é importante, não como referência humana ou política perfeita, ele era tão humano quanto nós. Mas considero-o basilar para minha emancipação intelectual. Sabemos que, é  uma utopia pensar numa sociedade socialista, especialmente onde o capitalismo impera, e também, conhecemos infelizmente modelos como Cuba, onde o modelo empregado não condiz de fato com o que Marx pensava. Por isso, o que eu defendo é apenas uma sociedade onde sejamos todos respeitados em igualdade e o valor nosso trabalho seja reconhecido e não explorado. 

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