sábado, 19 de março de 2011

A Escola e a Negação do Corpo e da Sexualidade da Criança

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“Uma educação autoritária, disciplinadora e de certa forma negando as manifestações corporais da criança, pode provocar um desequilíbrio da sensação somática o que afetará  a autoconfiança e a unidade do sentimento do corpo da criança, que para  controlar seus afetos, vão desde então, enrijecendo o corpo através de sua educação, assim a criança é impedida de desenvolver seus movimentos naturais das crianças através das inibições impostas à elas, causando distúrbios na pulsação biológica, pois como forma de amenizar os sentimentos  de angústia, a criança acaba por interromper o ritmo normal na respiração, tensionando o abdômen. 
Como aponta Reich (1992, p.60), “é prendendo a respiração que as crianças costumam lutar contra os estados de angústia, contínuos e torturantes, que sentem no alto do abdômen ou nos genitais e têm medo dessas sensações”, formando desde a infância o que Reich denomina de couraça rígida, que impede o movimento ondulante do peitoral, bloqueando a respiração, como forma de anulação das sensações fortes seja, de  prazer ou  angústia, o que Reich (l992), aponta como sendo o mecanismo básico da neurose. Pois, ao perder este bloqueio respiratório, deixa seqüelas, que acabam também por causar um bloqueio da criatividade e espontaneidade da criança.
Defendemos uma educação sexual que busque fornecer ao ser humano as ferramentas necessárias para que possa conhecer seu próprio corpo, o corpo do outro e compreender sua sexualidade para que possa por si mesmo ser capaz de realizar escolhas afetivo-sexuais. Precisamos nos reeducar para superar a visão do corpo objeto de aprendizagem, pela visão corpo como sujeito de aprendizagem. Consideramos como Moreira (1995, p. 22), a necessidade do "olhar sensivelmente os corpos [...] até porque o ato de conhecer não é mental como marca; ele é antes de tudo corpóreo.Todo conhecimento inclusive o de si mesmo, passa pelo corpo, como afima Merleau Ponty, "[...]toda consciência é consciência perceptiva, mesmo a consciência de nós mesmos. 
Tão importante quanto o aprendizado da leitura e da escrita do mundo, é saber ler a si mesmo e escrever sua história, conhecer o seu corpo, suas possibilidade e potencialidades, pois assim como adquirimos conhecimentos para transformar o mundo num lugar melhor, devemos conhecer nossa sexualidade para tornamos melhor o nosso mundo interno, o nosso corpo e nossa mente, que são o berço das significações da vida.Tão importante quanto o aprendizado da leitura e da escrita do mundo, é saber ler a si mesmo e escrever sua história, conhecer o seu corpo, suas possibilidade e potencialidades, pois assim como adquirimos conhecimentos para transformar o mundo num lugar melhor, devemos conhecer nossa sexualidade para tornamos melhor o nosso mundo interno, o nosso corpo e nossa mente, que são o berço das significações da vida.
Mas porque tantos professores sentem  dificuldade em lidar com as manifestações da sexualidade das crianças? E como a escola pode contribuir para melhorar a consciência corporal e o desenvolvimento da sexualidade?
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Profa. Dra Cláudia Bonfim

Um comentário:

  1. Estimada Dra. Cláudia Bonfim,

    Ouvindo sua narrativa, lembrei-me do medo paralizante que senti quando aluno até mesmo na adolescência. Não sei o quanto mudou a escola pública, senão imagino o quanto sofrem as crianças.

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