domingo, 13 de março de 2011

CBN - A rádio que toca notícia - Fato em Foco - Entrevista sobre a resistência das mulheres ao uso do preservativo

CBN - A rádio que toca notícia - Fato em Foco



Ouçam acima a I Parte da Entrevista que concedemos ao Programa o Fato em Foco - Rádio CBN de São Paulo. E Clique no link acima deste áudio para ouvir a II Parte da Entrevista disponível no site da Rádio CBN.


Importante acrescentarmos que  o surgimento da camisinha em si não é nenhuma novidade, pois há muitos séculos, têm se procurado métodos contraceptivos, inicialmente com o objetivo de  Na de evitar a gravidez indesejada e claro as doenças sexualmente transmissíveis. Diversas  a fórmulas foram sendo testadas, na Ásia por exemplo, eles utilizavam um envoltório de papel de seda untado com óleo.
No entanto, foi na Idade Média, com a disseminação das então denominadas doenças venéreas  (DST´s) na Europa que tornou especialmente necessária a invenção da camisinha. Foi em 1564,que  o anatomista e cirurgião Gabrielle Fallopio criou uma camisinha que era um forro de linho do tamanho do pênis e embebido em ervas. Que posteriormente, eram embebidos em soluções químicas (pretensamente espermicidas) e depois secados.

Mas, foi só no século XVII, que o Dr. Quondam, indignado com o número de filhos ilegítimos do rei Carlos II da Inglaterra (1630-1685), inventou um protetor feito com tripa de animais. O ajuste da extremidade aberta era feito com um laço, o que, obviamente, não era muito cômodo, mas o dispositivo fez tanto sucesso que há quem diga que o nome em inglês (condom) seria uma homenagem ao médico. Outros registros indicam que o nome parece vir mesmo do latim "condus" (receptáculo).  Esta  "camisinha-tripa" foi inclusive utilizada até 1839, quando Charles Goodyear inventou o processo de vulcanização da borracha, tornando-a flexível a temperatura ambiente. Embora nesta época, os preservativos de borracha eram grossos e caros e por isto lavados e reutilizados diversas vezes.

Foi no ano de 1880, que efetivamente surgiram as camisinhas de látex, que foram evoluindo a partir do desenvolvimento de novos materiais.

Mas é importante dizer que o uso da Camisinha no Brasil se deu especialmente a partir de alguns marcos históricos que consolidaram a disseminação do uso da camisinha, inicialmente  a revolução sexual da década de 1960, depois o boom da AIDS na década de 1980.

E hoje, verificamos uma geração que está cada dia mais deixando de usa o preservativo, mesmo diante de uma realidade em que o número de DST´s e AIDS cresce cada dia mais. Lamentável!


Há que se ressaltar também que a descoberta a pílula anticoncepcional pode ser considerada um marco da revolução sexual de 1960, e também  em termos de saúde pública, planejamento familiar e comportamento sexual no Brasil, e um marco essencial para a liberdade sexual e emancipação das mulheres, ao permitir que pudéssemos dissociar a ideia de sexo apenas como reprodução, e controlar o processo reprodutivo, trazendo um novo olhar e conceito sobre a sexualidade, e propiciando que as relações sexuais pudessem ser mantidas apenas pela busca do prazer.  Com o surgimento da pípula surge a efervescência do movimento hippie com o Amor livre, e do avanço dos movimentos feministas.

Até então vivíamos ainda o auge de uma geração fruto pleno da sociedade machista patriarcal, para muitos homens a pípula representou o não controle que eles acreditavam ter sob  a fidelidade feminina. Mas é preciso pensar que a pípula também abriu espaço de certa forma para o não uso do preservativo, visto que nesta época a maior preocupação em relação ao sexo era o controle reprodutivo.

Ainda hoje, muitas pessoas se esquecem que a pílula anticoncepcional apenas evita uma gravidez não planejada mas não te preserva de contrair AIDS ou outras DST´s.  A utilização da pípula por si só não exclui a necessidade e a importância do uso do preservativo.




Abaixo temos também disponível através dos links do Youtube a I e a II Parte da Entrevista na Íntegra:

PARTE I

PARTE II

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