quinta-feira, 13 de maio de 2010

O gemido masculino – humano ou animal?


Como abordamos anteriormente os gemidos são uma espécie de fetiche da maioria dos homens, mas eles não gemem? E se gemem, quais são os tipos de gemidos deles?
Bem, no quesito gemido, as mulheres os superam, com certeza, na criatividade, na ousadia, na contorção do corpo, na diversidade. Mas eles também gemem só que de maneira diferenciada, especialmente no momento da ejaculação, no êxtase total.  Porém, isso pode ser devido à cultura de gênero pela qual o homem não podia demonstrar ou declarar emoções, sentimentos, tinha que ser mais rude, mostrar-se  bruto, forte.
Quanto aos gemidos masculinos...
... há alguns que uivam, rosnam como lobos selvagens
...  há aqueles que grunhem feito porcos
... outros rugem, feito leões
... alguns relincham feito cavalos
... outros que até bufam,  kkkkkkkkkkkkk.
... Bem, tem ainda os exorcistas,  rs, que urram como animais ferozes, com gritos fortes e estridentes.
Alíás urrar, é historicamente é considerado como manifestação da natureza  masculina. E o urro tem toda uma simbologia. Há até aqueles que dizem que quanto mais profundo, intenso e gutural, mais macho o expelidor do urro é. Enquanto, a feminilidade culturalmente sempre foi  expressa por saltitações, alegria e risadas a masculinidade é declarada pelo oposto, ou seja, urros guturais.
O livro "Princípios de uma Ciência Nova", de Giammbatista Vico, nos ajuda a entender essa cultura, apresentando o raciocínio filosófico-investigativo em torno de variados fenômenos da sociabilidade e da humanização, tais como a linguagem. E aponta que  inicialmente em épocas remotas os primeiros homens, falavam por gestos, em virtude de sua natureza e acreditavam que os raios e os trovões fossem acenos de Júpiter que os comandava, e que tais acenos fossem palavras reais, sendo a natureza a linguagem de Júpiter.
Seria ainda na pré-história, que os homens começaram a urrar e murmurar,  e essa era a  forma como explicitavam suas violentíssimas paixões; imaginativamente cogitavam que o céu fosse um formidável corpo animado. E por tal prisma chamaram Júpiter, primeiro Deus das gentes chamadas "maiores", o qual, com o silvo dos raios e o fragor dos trovões [imaginaram] lhes quisessem dizer alguma coisa. E começaram dessa forma a por em exercício sua natural curiosidade, filha da ignorância e mãe da ciência, e que engendra, com o despertar da mente que provoca, a estupefação, convertendo de tal forma toda a natureza num vasto corpo animado, que sente paixões e afetos...
Mas, continuando a análise na visão do condicionamento histórico reparem como culturalmente, os homens foram condicionados à serem mais instintivos, animalescos, até no quesito gemidos. A maioria deles, no especialmente no momento do orgasmo, imitam sons de animais e ainda chamam suas parceiras pelo nome de fêmeas de alguns animais. E também, claro gostam que suas parceiras ou parceiros os chamem pelo nome de animais tipo: meu macho, meu coelho, meu tigrão, meu cavalo, meu jegue, kkkkkkkkkkkkk meu cachorrão, rsrs meu leão, rsrs ou de meu domador, rs. Porém, rs assim como a maioria das mulheres não gostam de ser chamadas de vacas muitos deles também não suportam ser chamados de touro, rs embora deva haver aqueles que até gostem sim, rs.
Mas reparem os nomes que os homens, especialmente os heterossexuais, gostam de ser chamados na hora H estão quase sempre, associados à idéia de  força, de domínio ou grandeza, no caso do jegue, rsrs. Eles geralmente sentem uma necessidade de que, sua imagem quase sempre seja associada à força, à superioridade, à grandiosidade, rs (kkk lembrei que eles gostam de  ser chamados na hora H quase sempre no superlativo, especialmente quando isso se refere ao tamanho do pênis, rsrs, mas ainda vou tratar disto num próximo post, se tamanho realmente faz a diferença na hora H, ok?). Mas claro que, há aqueles dias em precisamos de  carinhos mais suaves, sussuros e palavras doces ao pé do ouvido, no lugar das picantes. Eu considero o Tantra fundamental como já abordei em posts anteriores, e defendo que se possível, devemos fazer amor selvagem, sexo com amor é a completude, é a fusão entre o doce e o voraz, entre a euforia e a calma, entre o corpo e a alma.

Atualmente ainda, há aqueles homens  que durante o ato sexual chamam suas parceiras de fêmea, gata, cavala, égua, cachorra, leoa, onça... aff! Agora vaca já é demais, kkk. Enfim, perceberam a associação aos animais?
 Mas sempre foi assim? Bom, já tivemos épocas mais românticas. Mas e fora da cama, o jogo de conquista, sedução mudou?  Bem, sobre essas declarações e elogios do sexo masculino ao sexo feminino eu abordo num próximo post, ok? Até lá!

4 comentários:

  1. Achou que eu não voltava né?
    Pois cá estou no SEU divã...
    A culpa não é minha, mas o mundo é machista sim e fazer o que? rsrsr, gostei do texto e das comparações mas não poderia, ou melhor não seria eu se não fosse contra algumas coisas não é mesmo? hehehehe...
    Adorei o lance do "URRAR", achei que fosse só eu. hahahaha, mas é uma sensação muito boa a impressão que se tem é que conseguimos gozar com o pênis e com a alma... não posso negar...é uma sensação maravilhosa...
    Quanto a chamar a mulher de nomes de animais...hum...vcs também gostam disso...meu cachorrão... meu leão...meu cavalo... (se bem que este as vezes é só para o parceiro não se sentir "pequeno"), hahahaha,mas na minha opinião nem sempre o sexo a dois, seja ele com pessoas de sexo diferente ou do mesmo sexo,é uma coisa animal, tem dias que é bom ouvir e falar palavras carinhosas ,baixinhas, que vão esquentando mais a relação, claro que o nosso instinto é animal e que aquele sexo todo louco é uma delicia, mas não podemos afirmar que é sempre assim, e apesar do mundo machista em que vivemos podemos afirmar que vcs,mulheres, já estão bem soltinhas em tudo até na cama...concorda? hehehehe...

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  2. Olá Hugo, obrigada pelo comentário, eu concordo plenamente com vc. As mulheres também não fogem à regra quanto às denominações dos seus pares. E claro quem não gosta dos sussuros ao pé do ouvido? De palavras doces e carinhosas? Aliás eu particularmente defendo que devemos fazer amor e não meramente sexo. Amor selvagem talvez seja a completude de ambos? Fazer sexo com amor eis algo divinal ao meu ver, a mistura do voraz e do doce, dialética perfeita. E quanto às mulheres estarem mais soltas na cama e eu complementaria, na vida, concordo plenamente. Pena que algumas soltas até demais, algumas não conseguiram encontrar o ponto de equilíbrio entre a repressão e a exacerbação, entre a liberdade e a libertinagem. Abraços e volte sempre, seus comentários sempre enriquecem meu espaço. Vou complementar o post, ok?

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  3. Seu leitor assíduo não se conteve! Precisava comentar! rsrs
    É que a "dialética perfeita" traduz, por certo, a minha compreensão do "ato de amar".
    Penso que, como eu, ainda há homens que não desaprenderam a sensibilidade do cheiro, dos lábios, do toque e,principalmente, do olhar.
    Viu só?! Ainda é possível romancear os gemidos! rsrs

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  4. Que bom ter como leitor um leitor como você Gilmar, sim, oxala a maioria dos homens tivesses essa compreensão, claro nunca podemos generalizar, há homens e Homens, rs assim como há mulheres e Mulheres!
    Meu abraço e comente sempre, só me incentiva a continuar socializando meus pensares.

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