sábado, 8 de maio de 2010

Maternidade e Sexualidade


[...] E, eis que se amaram como dois exagerados e no momento de êxtase a vida de tão deslumbrada com aquela entrega e plenitude, resolveu florescer...

Tem algo mais doce e bonito que nascer do ato amoroso de duas pessoas?
Tem algo mais divino que emergir para a vida de um momento supremo de prazer?

Neste dia comemorativo das mães, eu não poderia deixar de escrever ao menos algumas linhas sobre sexualidade e a maternidade.
A maternidade, ao meu ver, é a dádiva suprema da vida que decorre da nossa sexualidade. Claro que nossa sexualidade não se resume ao papel reprodutivo, ela é muito mais ampla e complexa, está ligada a tudo que nos dá prazer, à nossa capacidade de amar em todos os sentidos, às nossas sensações, percepções, sentires e sentidos que vão se construindo desde que nascemos a até morrermos. Mas não há como negar a dádiva de gerar uma nova vida em seu ventre, abrigar outro ser, parte si, dentro do seu próprio corpo. Na concepção, o sexo cumpre a sua função biológica  mais importante que é a perpetuação da espécie. Ser mãe é devolver à natureza a vida que lhe foi concedida, uma experiência inigualável, um milagre divinal, sagrado. Todos nascemos do ventre de alguém, não há como negar a importância da maternidade ou não estaríamos aqui lendo este texto.
O ato de amamentar é um ato sexual amoroso e é, um exemplo do que Freud denomina de  fase oral (0 a 2 anos) quando a zona de erotização é a boca e o prazer ainda está ligado à ingestão de alimentos e à excitação da mucosa dos lábios e da cavidade bucal.
Amamentar é um gesto de generosidade da sexualidade feminina, ser alimento para o outro, pense na ternura que isto significa...
É claro, que ser mãe, não significa apenas gerar um filho, há aquelas que são mais mães do que algumas que geram e não amam, não cuidam de seus filhos.
Ser mãe biológica ou não, é um ato supremo de amor, e é ter para sempre o coração pulsando fora do próprio corpo.

Parabéns Mães! Por dedicarem aos seus filhos todo amor que há nessa vida. Creio que ninguém entenda tanto de amor incondicional e de sexualidade realmente humana, como nós mães, pois, experimentamos a sexualidade sagrada, vivenciamos o milagre da vida em nós!

Por hoje é só, mas trataremos em breve da sexualidade na gravidez e após a maternidade aqui no Blog. E sobre isso, eu poderei falar com propriedade, pois sou mãe de duas filhas abençoadas: Caroline e Beatriz, que são extensão da minha vida e minha, meus maiores tesouros, minhas maiores alegrias, o que de mais bonito eu pude conceber, são minha forma de perpetuar-se no mundo, e desde que elas nasceram não tive dúvidas, um dia sequer de que era por elas que eu esperava.


Registro finalmente minha gratidão, admiração, homenagem e meu amor profundo e incomparável, aquela cujo colo é o lugar mais seguro do mundo, que me permitiu nascer de seu ventre, regou minha vida com amor, me ensinou a ter raízes e asas, me ajudou a construiu valores éticos e estéticos, me ensinou a ser afetivamente humana, meu anjo, o meu amor incondicional: minha mãe Cleuza!

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